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Qual a importância das equipas multidisciplinares na saúde?

As equipas multidisciplinares na saúde têm como ponto fulcral de intervenção o ser humano, cujo processo de vida envolve diversas dimensões complementares (biológica, psicológica, social, cultural, ética e política). A abordagem integral dos doentes/família é, desta forma, facilitada pelos olhares dos distintos profissionais que compõem as equipas multiprofissionais que atuam na dinâmica do trabalho em saúde.

O doente, alvo e centro da atenção dos profissionais, passou igualmente a necessitar da intervenção destas equipas, em permanente interação entre diferentes áreas do saber como: a Neurologia, Cirurgia Vascular, Cirurgia Cardíaca, Medicina Interna, Nefrologia, Oncologia, Medicina Geral e Familiar, entre outras.

Esta tendência coexistiu de forma similar, com a crescente diferenciação tecnológica e subespecialização de áreas como a Cardiologia de Intervenção e a Eletrofisiologia, a par da incorporação de novas disciplinas como a Genética, a Imunologia ou a Biologia Molecular.

Existem estudos que mostram, que a introdução de equipas multidisciplinares se associa a menor tempo de internamento dos doentes que são admitidos em unidades hospitalares, e a um maior índice de satisfação com os serviços de saúde.

A equipa multidisciplinar tem a sua formação centrada nas necessidades da pessoa, portanto, ela não é pré-organizada. De facto, são as necessidades identificadas e diagnosticadas que fazem com que os profissionais da saúde se integrem, com o propósito de as satisfazer e proporcionar a recuperação da saúde e o bem-estar da pessoa alvo de cuidados.

Uma equipa, verdadeiramente multidisciplinar, auto constrói-se progressivamente, e cresce como um conjunto harmonioso e verdadeiramente interessado não só na recuperação do doente, mas também no crescimento, em todos os sentidos, dos colegas que “juntos” constituem esse grupo de trabalho.

É imperativo que se atue profissionalmente segundo uma visão integral das informações e acontecimentos, adotando a totalidade do conhecimento, o diálogo, o intercâmbio de informações e a comunicação aberta, como forma de criar novos conhecimentos e possibilidades a favor dos objetivos comuns traçados no quotidiano de trabalho.

 

É impossível fazer investigação clínica ou tratar doentes sem recorrer ao trabalho integrado de equipas multidisciplinares.

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